Ainda sobre as cias aéreas low cost

Lembram do que eu falei sobre a Ryanair? Pois então, a coisa tende a piorar. Segundo  esta notícia da Folha Online, os passageiros terão que aguentar os “comerciais sem filme” EM PÉ!!!

“Uma conhecida companhia aérea europeia especializada em voos baratos disse ter planos de oferecer lugares para passageiros viajarem em pé em seus aviões, com passagens que custariam 4 libras (cerca de R$ 10).

A irlandesa Ryanair, que recentemente gerou polêmica ao anunciar que pretendia cobrar 1 libra (cerca de R$ 2,70) pelo uso dos banheiros a bordo dos aviões, afirmou que pretende oferecer as passagens para viagens em pé justamente com os recursos arrecadados na utilização dos sanitários.

O plano é remover as últimas dez fileiras de assentos dos 250 aviões da companhia e substitui-los por 15 fileiras de assentos verticais. Dois banheiros da parte de trás também poderiam ser removidos.”

Ainda não está nada definido, mas quando vazam informações com imagens de divulgação, inclusive, é que a coisa está andando. Além de raspadinhas, loterias, cigarros e afins, a Ryanair vai vender também o uso dos banheiros!!! Ô 4 libras que vão sair caras, viu? Porque ainda tem a chegada nos aeroportos que a empresa utiliza, que são invariavelmente MUITO longe da cidade, o custo por bagagem, etc, etc, etc. Pra mim, particularmente, aquela viagem ainda custou a mais 20 euros por uma mochila nova, já que um indiano (sempre eles!) quebrou a alça da minha mochila linda da Intel quando, impaciente, “me ajudou” a tirá-la do “gabarito” que indicava o tamanho das bagagens de mão.

Na rota do “cortar custos”, a empresa nem imprime mais o cartão de embarque. Se você mesmo não imprimir, já era. (Eles mandam trocentos e-mails avisando isso.) Vi pessoas saindo da fila de check in pra ir tentar imprimir em algum lugar (não vi lan house no aeroporto de Beauvais) e não sei se conseguiram.

Além disso, existe a restrição à bagagem. Pagamos por uma mala cada um, e tínhamos direito a uma bagagem de mão (que coubesse no gabarito – porque o espaço para as bagagens na cabine é minúsculo). 15 Kg para cada mala e 10 Kg para a bagagem de mão. Nós tínhamos uma malinha e uma mochilona pra despachar, a malinha pesando 11 Kg e a mochilona 19 Kg. Sabe o que aconteceu? Excesso de bagagem, porque não se tira a média das duas, não! E o precinho básico do excesso: 20 euros POR QUILO!!! Aí fomos forçados a fazer o que já é habitual por lá (vimos depois outras pessoas fazendo): balancear a bagagem, trocando de uma mala pra outra. Eles até disponibilizam uma balança, pra a gente poder fazer a ginástica!

Primeiro tiramos quatro casacos grandes (detalhe: tava fazendo calor) e vestimos um e amarramos o outro na cintura, cada um. Mas ainda não dava. Coloquei um monte de coisas no bolso do meu casaco alemão: mini-dicionários, câmera, carteira (tive que enfiar minha bolsa na mochila, pq era SOMENTE UMA bagagem de mão) e jogamos fora tudo que podia ser dispensado e recomprado: desodorante, sabonete, xampu… pra finalmente conseguirmos fazer desaparecer 4 Kg de bagagem.

Não temos fotos de nós dois com as malas abertas e eu sentada no chão fazendo a cirurgia de transplante de bagagens por motivos óbvios. Mas podem imaginar a cena. E podem rir, eu deixo! E espero que o dia de vocês não chegue!

Continuo dizendo: esse é um tipo de barato que sai caro, e eu espero não utilizar mais. (É, eu pretendo ser rica! huahuahuahuha)

Ryanair, se depender de mim, nunca mais!