Começando a pagar as promessas, pelo começo: A viagem pela Ibéria, e aproveitando para comparar com as cias aéreas low cost.
Como compramos as passagens pela CVC, na verdade eu nem sabia direito qual era a empresa pela qual iríamos, só descobri que era Ibéria quando, na véspera da viagem, Marido pegou todos os documentos da viagem em papel, dentro de uma carteirinha de “couro”, mais etiquetinhas pras malas e um bocado de frescuras.
A Ibéria tem um serviço MUITO BOM em termos de comida. Jantamos , lanchamos e tomamos café-da-manhã.
Jantar:
Café-da-manhã:
Tudo delicioso, mas as “aerovelhas” (a média de idade devia ser 55 anos, e os “aerovelhos” mais velhos ainda) precisavam de um treinamento no Brasil com as comissárias e comissários da Gol sobre “Como sorrir e ser simpática em 10 lições”.
Ah, eu acho que não disse, mas o vôo inicial de Salvador a São Paulo foi pela Gol, e com uma COMANDANTE MULHER!!! Fiquei tão orgulhosa de ouvir a voz dela com as informações que na escala em Porto Seguro pedi pra ir lá tirar uma foto. Tietei explicitamente!!!
As poltronas são bastante confortáveis, e deu pra dormir um bocadinho, com travesseiro e coberta deliciosa de plush. [Preciso dizer que na volta consegui raptar uma cobertinha?]
O aeroporto de Madri é uma cidade, enoooorme, e com indicações de quanto tempo falta pra você chegar ao portão/plataforma/terminal que deseja. Mas a imigração… bem, o capítulo sobre a imigração é um post à parte, então, vamos às low cost: Ryanair, Easyjet e Vueling.
Primeiro quero deixar claro que não compramos as passagens nos próprios sites das empresas, mas em buscadores de melhores preços, como Decolar, E-dreams e afins.
Na minha modesta opinião, esse é um belo exemplo do “barato que sai caro”. Exemplo: a passagem Paris-Londres-Paris, que compramos pela Easyjet, custou 161,94 euros, enquanto o TGV (trem de alta velocidade, que passaria pelo Eurotunel, que atravessa o Canal da Mancha) estava em mais de 500 euros. As empresas tradicionais, como a Air France, no mais barato, ficava em 299 euros. Aí, né… Vamos pela Easyjet. Só que tem 1488 restrições de bagagem, taxa por mala (resolvemos deixar uma parte da bagagem no Albergue em Paris, pra pagar menos), e ainda fomos pro aeroporto de Luton, em Londres, e não pro Heathrow.
Detalhe: Luton é um aeroporto praticamente particular da Easyjet, assim como o Beauvais em Paris é da Ryanair.
O vôo pelas low cost é um comercial sem intervalo para o filme, se é que me entendem. Eles vendem de um tudo: desde a comida, passando por cigarros, bebidas, coisas variadas encontradas num catálogo de bordo, e até loteria e “raspadinhas”. Deve ter um comissário que não faz outra coisa no vôo a não ser anunciar as vendas pelo microfone. Ah, até filmes para assistir na viagem também são comprados!
E nem se iludam, não dá pra dormir/descansar. As poltronas são extremamente desconfortáveis, sem espaço e não reclinam. Um horror.
Detalhe: As passagens não são – EM NENHUMA HIPÓTESE – remarcáveis. Em Barcelona, quando iríamos pela Vueling, por minha culpa (que olhei a hora de chegada e achei que era a da saída ) chegamos APENAS meia hora antes do vôo sair, e PERDEMOS A PASSAGEM. O funcionário limitava-se a dizer: The flight is over. E pronto. Avião no solo, nós de check in feito (on line, obrigatório, já que a empresa não imprime cartão de embarque) e ficamos. O jeito foi procurar outro vôo e pagar o que tivesse que pagar, porque não podíamos deixar de chegar em Lisboa, perder diária de hotel e ainda complicar nossa viagem de volta.
(a tradução disso é “Quase que viajas”???)
Aí, com tempo suficiente (duas horas), fomos tomar um café decente, já que saímos do albergue sem café:
E ainda dar um rolé pelo aeroporto de Barcelona (cidade que me encantou de todas as maneiras):
Resumo da ópera: na Vueling, 108 euros perdidos. Na TAP, 298 euros, mas com direito a lanchinho, poltrona reclinável e bom tratamento em português. (ô lanchinho caro viu?)
Na Ryanair, fizemos o trecho Paris-Veneza, e foi o pior de todos. Primeiro, o aeroporto Beauvais em Paris, é um fim-de-mundo. Eu li no Dicas Imperdíveis instruções de como chegar em Beauvais, e tudo direitinho, achamos que dava. Rapaz… uma ginástica de metrô pra chegar na estação Porte Maillot.
Depois, parecia fácil seguir as placas para onde pegar o ônibus para o aeroporto.
Só que depois de andar um monte, encontramos o ponto, com um bocado de gente esperando, e o guichê de vendas de bilhetes… fechado! Iria abrir às 14h, e o próximo ônibus sairia às 13:50h, é mole?
Encontramos umas brasileiras que iam pra Dublin, e terminaram não embarcando, porque o vulcão tinha se atiçado novamente, e graças a Deus nós íamos pro sul, e isso não nos atrapalhou. Finalmente, conseguimos pegar o busão para o aeroporto, que levou quase duas horas pra chegar lá.
Vejam que só tem vôo da Ryanair:
Olha a cara de bom humor de marido:
A foto foi tirada contra plongée (de baixo pra cima) porque eu estava sentada no chão… já que não havia lugar nenhum pra sentar, e a gente estava “pela rua” desde cedo, e já eram quase 18h, o vôo era às 19:10h.
Outro “pequeno” detalhe: a chegada era no aeroporto de Treviso, em Veneza, o que nos levou a um ônibus (5 euros cada bilhete) para a Estação de Comboios Mestre, e de lá um taxi (10 euros) para o hotel (aquele, onde nos perdemos 1488 vezes e que ficava a 5 minutos a pé da estação).
Mas pra não parecer que este post é só reclamação (e, sim, é reclamação, mas só um pouquinho, da minha burrice e do serviço das cias aéreas, mas tudo isso faz parte, não é?), essa viagem nos proporcionou uma experiência incrível: Passamos acima dos Pirineus, e vimos NEVE, mesmo que da janelinha do avião!!!
Olha meu estado, quando chegamos ao hotel:
Enfim, depois de nossas aventuras aéreas, recomendo viajar de trem. Mas não comprar as passagens pela internet, pois só dá pra encontrar do TGV no site da Eurorail. Vá à estação de trem da cidade, e peça pelos trens regionais, ou peça descaradamente pela passagem mais barata. De Londres a Liverpool o atendente fez de tudo pra nos conseguir as passagens baratas, e foi no TGV. Talvez, se tivéssemos ido à estação de Paris, quem sabe encontrássemos passagens viáveis para Londres???
Bom, o post está gigantesco, mas espero que seja útil para alguém que chegue aqui procurando “comprar passagens aéreas ou de trem na Europa”. E para os curiosos de plantão, que estavam reclamando da falta de atualização, informo que estou gripadíssima, cheia de dor no corpo, moleza, nariz entupido e sentar pra escrever é um esforço enorme. Nem vou prometer qual será o próximo assunto…
4 comentários:
Eu fui e voltei de TAP as 3x, a comida é boa, quando não é ruim. A cadeira reclina só um pouco, mas tem lençol e travesseirinho-inho! Em um dos trechos que não dormi vi todos os filmes, filmes que nem tinha chegado em DVD aqui.
Já fui de Vueling para Madrid, como foi viagem curta eu nem lembro direito. Falando em Madrid, aquele aeroporto é uma cidade, hein? Ainda bem que tem esteiras rolantes...
Lembro da EasyJet que viajei algumas vezes, paga-se por tudo mesmo, mas como nosso trechos eram curtos e pouca bagagem, valeu a pena. Ah, sim, o lanche da EasyJet não vale a pena, quando fomos de Paris para Lisboa, sem tomar café, porque o aeroporto de Paris (Charles de Gaulle) não ajuda muito, a gente pagou caro por comida ruim.
(E eu procurando as 1488 fotos! Pensei que a sagitariana exagerada era eu! :P )
Eu nunca voei com uma pilota. Achei o máximo, Bel.
Eu posso falar que eu viajo muito pela Europa e geralmente eu viajo pela Lufthansa Portugal que fazia Lisboa-(vários países EU) por 99€ ida e volta, e só viajei uma vez pela Ryanair e é verdade tudo isso que você disse, mas sabe quanto eu paguei por comprar a minha passagem adiantada? 22 euros, ida e volta! Se comprar adiantada a passagem sai praticamente de graça e eles claro tem que vender para que a passagem saia à quele preço, ne? Eu não acho ruim, pq é como todas as compahias aéreas, se vem em cima da hora o preço é lá em cima, mas ao contrário das outras, mesmo que compre adiantado paga-se muito. Esse mês fui a Itália com a TAP, paguei 268 euros e comi aquele pão horroroso, eu preferia ter ido pela Ryanair pagando muito menos, infelizmente não tem base em Lisboa e a Lufthansa foi à falência... Tinha uma comida excelênte, cadeiras confortáveis, assistentes de bordo educados... Mas enfim... Em tudo há pontos bons e ruins.
Eu realmente ODIEI a Ryanair, e nada me fará mudar de idéia. Sou "pobre", mas não sou miserável. Viajei pela TAP Barcelona-Lisboa e comi um pão de nozes delicioso, macio... E sem aquele monte de comerciais pra zoar nos meus ouvidos. E isso de comprar com antecedência já não é mais regra, tem muita promoção-relâmpago em véspera de feriados, literalmente.
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